sexta-feira, 20 de maio de 2011

GINCANA - Visita à APAE

"Ninguém é igual a ninguém. Todo o ser humano é um estranho ímpar."
Carlos Drummond de Andrade


Nessa quinta-feira, dia 19 de maio, a turma 106.1 de Odontologia da Faculdade Leão Sampaio foi fazer uma visista a APAE. Esta, é uma organização civil sem fins lucrativos que ao longo da sua historia tornou-se referência nacional em atendimento a pessoas com defici~encia intelectual, em todas as fases da vida, do nascimento ao envelhecimento. Atua nas áreas de saúde, educação, direito, pesquisa e desenvolvimento tecnológico com foco na prevenção de doenças e na inclusão de pessoas com deficiência intelectual, incentivando o desenvolvimento das habilidades e da autonomia de cada indivíduo. Possui uma equipe de profissionais qualificados que desempenham as demais tarefas. Foi uma experiência única e emocionante.











Tivemos uma belíssima recepção, caracterizada por muita dança e animação, em seguida, fomos conhecer de perto as salas e as crianças. É um ambiente agradável e espaçoso, possui salas de brinquedoteca, salas de artesanato, música, teatro, pintura e outras. O companherismo e o amor de cada um transmite paz e nos faz enxergar como a vida pode ser linda apesar das dificuldades. Eles nos servem de exemplo e mostra o quanto são felizes mesmo tendo algum tipo de deficiêcia. Percebemos também que nenhum é incapaz de nada em relação às outras pessoas, todos têm sua capacidade dentro de suas condições físicas e mentais. 






 A visita foi feita com a ajuda do professor Francisco.





terça-feira, 17 de maio de 2011

Gincana - Artigo 2

Rev. Bras. Anestesiol. vol.58 no.1 Campinas Jan./Feb. 2008
Marcius Vinícius M. Maranhão, TSA

Síndrome de Turner e anestesia

A Síndrome de Turner foi descoberta em 1938. É causada por alterações sexuais em cromossomos de indivíduos com fenótipo feminino, com cariótipo 45,X ou alterações estruturais no segundo cromossomo X. Geralmente é decorrente de uma disfunção meiótica paterna no cariótipo 45,X, já o cromossomo X, geralmente é de origem materna. A ST apresenta uma incidência de apenas 1 em 2.500 a 3.000 meninas nascidas. Há cerca de 16.000 mulheres afetadas no Brasil. A principal característica dessa síndrome é a baixa estatura, por isso, os afetados fazem uso de hormônios, como o oxandrozona, à base de estrógeno. O uso prolongado desse hormônio pode causar aumento da resistência à insulina e da pressão arterial. Pescoço curto e largo, pele redundante na nuca, limitação grave da mobilidade cervical, palato alto, orelhas proeminentes com implantação baixa, hipoplasia maxilar e mandibular também são características da ST. Há também alterações cardíacas como coarctação da aorta, valva aórtica bicúspide e estenose aórtica. O tamanho da traquéia é menor e a bifurcação traqueal pode situar-se na altura da articulação esternoclavicular, quando o normal seria situar-se no nível da segunda vértebra torácica. A maioria possuem inteligência normal e alguns possuem reyardo mental. Depressão e convulsões podem estar presentes. É comum a doença celíaca, doenças da vesícula biliar, esteatose hepática, alterações da coagulação e aumento das enzimas hepáticas. Disgenesia gonadal com ausência de caracteres sexuais secundários é um sinal característico da ST, as mamas são hipodesenvolvidas, a vagina e o útero podem estar ausentes ou hipo e mal desenvolvidos e a amenorréia primária e esterilidade são características dessas pacientes. Pregas epicânticas, estrabismo, ptose palpebral, catarata e nistagmo não são raros, infecções auditivas de repetição e surdez pode aparecer. É importante informar ao anestesiologista as alterações anatomofisiológicas mais frequentes e suas repercurssões no ato anestésico-cirúrgico. A paciente com ST pode ser considerada portadora de via aérea difícil, devendo ser feita uma avaliação rigorosa da mesma durante a avaliação pré-anestésica. É importante disponibilizar, durante as manobras de intubação traqueal, máscara laríngea, fibroscópio e material para abordagem cirúrgica da via aérea. É necessário realizar um ecocardiograma pré-operatório ou um teste de estresse para afastar a presença de alterações do sistema cardiovascular. As técnicas de anestesia geral ou regional parecem ser seguras nesse tipo de paciente.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Análise quantitativa e molecular de hemoglobina fetal em indivíduos da população brasileira.

Artigo-1
Fichamento:

A hemoglobina fetal (Hb F) é formada por duas cadeias alfa e duas cadeias gama, característica do período fetal do desenvolvimento, com expressão dos genes gG e gA. Após o nascimento, há uma redução da Hb F. Quando ocorre alterações hereditárias, a Hb F permanece aumentada, como nas delta-beta talassemias, nas beta talassemias, e nas persistências hereditárias de Hb F (PHHF). A partir dos resultados de doadores de sangue com Hb F aumentada, objetivou-se avaliar a quantidade dessa hemoglibina F do sangue dos doadores, visando estabelecer os limites normais para a população de São José do Rio Preto, por meio de desnaturação alcalina e HPLC, comparando-se as alterações encontradas nos indivíduos com a Hb F aumentada e assim realizar estudos para avaliar as mutações que alteram as expressões dos genes gama. Foram analisadas 208 amostras de sangue venoso de indivíduos de diferentes etnias, idade e sexo. Destas 119 foram de candidatos a doação de sangue do Hemocentro de São José do Rio Preto e Hemonúcleo de Fernandópolis e 89 de indivíduos pertencentes a programas populacionais de rastramento de hemoglobinas desenvolvidas pelo Laboratório de Hemoglobinas e Genéticas das Doenças Hematológicas(LHGDH). Tais amostras foram submetidas a testes para avaliar o perfil das hemoglobinas. Do total das amostras, 110 foram de doadores de sangue para serem normais para a Hb F, 9 amostras possuíam Hb F acima de 10% e 89 amostras de indivíduos de sangue sem sintomas de anemia ou achados hematológicos e com Hb F aumentada. Nas 110 amostras de indivíduos saudáveis sem sinais nem sintomas de anemia, foram encontrados fenótipos de hemoglobinas anormais, sendo a mais importante, 16,4 com alfa-talassemia. A presença de 10% acima de Hb F nos nove doadores revelou que 44,4% tinha o perfil de Hb AF assiciado à alfa talassemia. Nas 89 amostras em que os indivíduos não apresentavam sintomas de anemia e com Hb F acima dos valores normais vieram de diferentes estados do País, sendo a maioria de São Paulo. A persistência da Hb F após os seis meses de idade pode ser influenciada por defeitos genéticos ligados aos genes gama, associações com algumas hemoglobinopatias ou fatores ambientais. A Hb A2 aumentada é um dos melhores marcadores biológicos para o diagnóstico de beta talassemia heterozigota, no entanto, sua concentração pode ser influenciada pela associação com outros defeitos globínicos, deficiência de ferro e processos infecciosos. Os resultados obtidos mostra a importância da associação de metologias na triagem de hemoglobinopatias em candidatos a doação de sangue. Apesar de apresentarem valores de hematócrito que os admitia para a doação, nos indivíduos testados foram encontradas, além da Hb F aumentada, fenótipos talassêmicos com destaque para as alfa talassemias, confirmadas para 16,4% das amostras triadas. Na comparação das metodologias para a quantificação de Hb F, a HPLC mostrou-se mais eficiente do que a desnaturação alcalina, estabelecendo o perfil de normalidade da Hb F em valor percentual médio de 0,6% para este grupo da população de São José do Rio Preto e região, valor este bem próximo ao preconizado, pela literatura, de 0,4%. Nas análises moleculares dos indivíduos com Hb F aumentada, onde foram avaliados defeitos genéticos que originam beta talassemia, destacaram-se os achados dos mutantes CD6-A (5,3%) de origem mediterrânea e IVS2:654 (1,75%) de origem asiática. Em suma, o estudo evidenciou a necessidade de uma melhor caracterização dos perfis de hemoglobina obtida pelos métodos clássicos e a caracteriazação desses defeitos que reflete na diversidade genética dos brasileiros.

Fonte: http://www.scielo.br/scielo