quarta-feira, 30 de março de 2011

Uma boa escovação é muito importante!



O tabagismo realmente causa câncer de boca?

Sim. O hábito de fumar tabaco é considerado um fator de risco para o desenvolvimento do câncer de boca. Aproximadamente 90% dos pacientes com câncer de boca são fumantes. Muitas evidências clínicas mostram que fumantes têm duas a três vezes mais chances de desenvolver câncer de boca que a população em geral.O câncer de boca pode se manifestar de várias formas:

- pequenas feridas ou úlceras indolores que não cicatrizam em 15 dias ou mais;

- manchas brancas, manchas vermelhas ou a combinação de áreas vermelhas e brancas;

- crescimentos teciduais: formações de aumento de volume: nódulos (“caroços”) ou verrugas.
Os fumantes passivos absorvem nicotina, monóxido de carbono e outras centenas de substâncias da mesma forma que os fumantes, embora em menor quantidade. A quantidade de tóxicos absorvidos depende da extensão e da intensidade da exposição, além da qualidade da ventilação do ambiente onde se encontra a pessoa. Entre as consequências do fumo passivo em crianças estão: maior risco de doenças infecciosas do trato respiratório como bronquite e alergias, otite média, asma, doenças cardiovasculares, distúrbios de comportamento e do desenvolvimento neurológico e câncer, principalmente do pulmão. Todos estes efeitos são muito semelhantes aos descritos em adultos, mas as crianças são mais suscetíveis à toxicidade da fumaça do cigarro por serem imaturos em sua constituição. A associação do fumo passivo com o câncer de boca ainda não está comprovada. Entre os pacientes não-fumantes que apresentam a doença, a maioria é do sexo feminino, muito jovem e que possui algum tipo de mutação em genes supressores tumorais como o p53. O tipo de tratamento recomendado depende da origem do câncer e de sua fase de desenvolvimento. Os tratamentos mais comuns para o câncer de boca são cirurgia, radioterapia e quimioterapia. Se câncer é descoberto em uma fase mais precoce, as chances de tratamento com sucesso são muito maiores. Os tumores no estágio I e II são aqueles onde o câncer é menor que 4 centímetros em seu maior diâmetro, e não se disseminou para os linfonodos. Os cânceres de boca nesta fase podem ser tratados com uma boa chance de cura, usando cirurgia ou radioterapia. Tumores nos estágios III e IV são cânceres que estão mais avançados, são grandes, envolvem mais de uma parte da boca, ou se disseminaram para um linfonodo. Estes cânceres normalmente são tratados com cirurgia mais extensa, radioterapia, quimioterapia, ou radio e quimioterapia combinadas. A recuperação dos tratamentos do câncer de boca também pode incluir a reabilitação para recuperar a habilidade de falar e de comer, como também uma cirurgia estética se uma cirurgia mais extensa foi feita. O câncer de boca pode matar! A maioria dos casos não é letal, porém a sobrevida do paciente dependerá do estadiamento da lesão no momento do diagnóstico e da saúde geral do paciente.

terça-feira, 15 de março de 2011

SÍMBOLO DE ODONTOLOGIA

Apesar de constituir-se tema abordado por vários Cirurgiões – dentistas, ainda é bastante numeroso o contingente de colegas que desconhece o símbolo da nossa profissão.

Além do desinteresse que resulta em desconhecimento, o que é pior, é constatarmos que vêm algumas publicações, muitas vezes na capa de periódicos e em grande número de convites de formatura de turmas de graduados, exibindo como símbolo da Odontologia um vistoso facho de fogo ostentando uma cobra a ela enrolada, cuja cabeça situa-se acima do fogo.

Nada mais fantasioso e que simplesmente constitui-se do completa desconhecimento da realidade.

Alem de não representar o verdadeiro distintivo da profissão, deve-se atentar para o fato de que a cobra, sendo sabiamente um animal que é afugentada pelo fogo, em nenhuma hipótese, pousarias sua cabeça a foguear.

O verdadeiro símbolo da Odontologia é constituído por um bastão no qual a serpente amarela de Esculápio-a Colluber Ersculapii se enrosca da direita para a esquerda, circunscrito em um circulo.

Esse modelo simbólico foi proposto por Benjamin Constant Nunes Gonzaga, dentista do Exército, num artigo publicado em março de 1914, na Revista Odontológica Brasileira (atual Revista da Associação Paulista de Cirurgiões-Dentistas), intitulado ”O Emblema Simbólico da Odontologia”.

Tendo a American Medical Association, em 1912, adotado o ”bastão de Esculápio” com seu símbolo, o autor mencionado propôs, inicialmente, para o Corpo de saúde do Exercito, o Símbolo adotado pela Medicina, inscrito numa circufenrencia -Medicina Circunscrita-Por entender que a Odontologia correspondia à especialidade médica que cuida da cavidade bucal.

Posteriormente, quando da realização do VII Encontro dos Sindicatos de Odontologia do Brasil, ocorrido em 6 de novembro de 1973, sob os auspícios da Federação Nacional dos Odontologistas, um Grupo de Trabalho constituído por Cyro Rausis, Amadeo Bobbio e Ernesto Salles Cunha, Estudando o assunto, ratificou o modelo proposto por Benjamin Constant Nunes Gonzaga. Os eminentes colegas integrantes desse grupo de trabalho acrescentaram apenas que o bastão será marrom e o círculo terá cor grená. Assim foi recomendado o distintivo da Odontologia.

Acerca do significado dos elementos integrantes desse símbolo, transcrevemos o relato de Amadeo Bobbio e Elias Rosenthal contido à página 413 do livro ” A Odontologia no Brasil no Século XX”: ” Esculápio, ao sair da casa de um doente, para a qual tinha perdido toda a esperança de salvação, cruzou com a serpente de cor amarela, não venenosa, que lhe cerrou o passo. Esculápio, acreditando-se atacado, matou-a. Porém, no mesmo instante, se apresentou outra de igual tamanho e cor, e só então observou que o réptil levava na boca uma planta, com a qual pode curar a doente desenganada. Desde então, foi a inseparável companheira do Deus da Medicina, e se representa enroscada ao redor de um bastão”.

Nas estátuas de Esculápio existentes Museu do Vaticano e em Corinto, constata-se que a serpente é um atributo que as complementa.

O Conselho Federal de Odontologia oficializou esse símbolo atrevés do artigo 275 da ” Consolidação das Normas para Procedimentos nos Conselhos de odontologia”.

Ao dispor sobre o assunto, o conselho ratifica o que foi aprovado por ocasião do VII Encontro dos Sindicatos de Odontologia do Brasil, detalhando, porém, a proporção que deve ser observada nas dimensões dos elementos constitutivos do símbolo. Há uma pequena diferença quando à coloração dos elementos: o bastão deve ser marrom (e não grená) e a serpente deve conter estrias pretas.

Fonte: Informativo da Academia Cearense de Odontologia

Conselho Federal de Odontologia

http://cfo.org.br/