FLÁAAAAVIO, por favor reveja meu blog pois eu conclui nove questões e meu nome está na lista dos alunos que irão fazer sua AV2 amanhã. Já te mandei vários emails mas você não me responde. Tomara que veja essa postagem e resolva meu problema.
Obrigada
Por Monique Anne de Oliveira Barbosa
Odontologia 106.1
Monique Anne
terça-feira, 14 de junho de 2011
sábado, 4 de junho de 2011
quinta-feira, 2 de junho de 2011
Atividade 4 - Gincana - concluída
A síndrome de Down é um distúrbio genético causado durante a formação do feto, é uma das anomalias genéticas mais conhecidas e a forma mais freqüente de retardo mental, embora a causa mais comum dessa síndrome seja decorrente de mutação numérica, no qual o indivíduo apresenta um cromossomo a mais no par 21(trissomia do par 21), há duas outras possibilidades dessa ocorrer: translocação entre os pares 15 e 21 ou entre os pares 21 e 22. O risco de ter uma criança com trissomia do 21 aumenta com a idade materna. Por exemplo, o risco de ter um recém-nascido com síndrome de Down, se a mãe tem 30 anos é de 1 em 1.000, se a mãe tiver 40 anos, o risco é de 9 em 1.000. Na população em geral, a freqüência da síndrome de Down é de 1 para cada 650 a 1.000 recém-nascidos vivos e cerca de 85% dos casos ocorre em mães com menos de 35 anos de idade. Pais que têm uma criança com síndrome de Down têm um risco aumentado de ter outra criança com a síndrome em gravidezes futuras. É calculado que o risco de ter outra criança afetada é aproximadamente 1 em 100 na trissomia do 21 e no mosaicismo. Porém, se a criança tem síndrome de Down por translocação e se um dos pais é portador de translocação (o que ocorre em um terço dos casos), então o risco de recorrência aumenta sensivelmente. O risco real depende do tipo de translocação e se o portador da translocação é o pai ou a mãe. É importante que mulheres muito jovens ou com mais de 35 anos que desejam engravidar busquem orientação médica. Hoje existem exames que detectam a síndrome nas primeiras semanas de gestação, é por isso que o pré-natal é muito importante, para que se tomem as medidas necessárias para que a criança nasça nas melhores condições possíveis e que ao nascer comece um tratamento para desenvolver melhor os músculos, o raciocínio, entre outros. É muito importante que os pais tenham acompanhamento psicólogo para que o profissional trabalhe o emocional deles em relação ao filho. Possui algumas características como: a cabeça é um pouco que o normal, rosto tem um contorno achatado, devido, principalmente, aos ossos faciais pouco desenvolvidos e nariz pequeno, osso nasal geralmente afundado, olhos tem uma inclinação lateral para cima, orelhas pequenas e de implantação baixa, a borda superior da orelha é muitas vezes dobrada, a boca é pequena e algumas crianças a mantêm aberta e a língua pode projetar-se um pouc, pescoço largo e grosso, abdômen saliente e tecido adiposo abundante, as mãos e os pés tendem a ser pequenos e grossos, dedos dos pés geralmente curtos, genitália desenvolvida; nos homens o pênis é pequeno e há criptorquidismo, nas mulheres os lábios e o clitóris são pouco desenvolvidos. Os meninos são estéreis, e as meninas ovulam, embora os períodos não sejam regulares. A forma completa do DSAV é uma das cardiopatias mais comuns na SD. Ocorrem várias alterações oculares, como, catarata, ceratocone, estrabismo, manchas de Brushfield, triquíase, epífora, nistagmo e altas ametropias, miopia. Para alguns pesquisadores, os distúrbios presentes na Síndrome de Down podem ser agravados pela deficiência de zinco. Esse mineral participa como cofator da deiodinase tipo II, uma das enzimas que regula a conversão de tiroxina (T4) a triiodotironina (T3). O zinco é avaliado através do consumo alimentar de suas concentrações no plasma, nos leucócitos, neutrófilos, eritrócitos e na urina. O zinco tem papel no metabolismo energético, como componente catalítico de mais de 300 metaloenzimas nos tecidos humanos, e como componente estrutural de diversas proteínas, hormônios e nucleotídeos. Ele é essencial para o crescimento, reprodução e a maturação sexual, imunidade, defesa antioxidante, manutenção do apetite, do paladar, da capacidade de cicatrização de feridas e para a visão noturna, prevenção celular, é um poderoso antioxidante. A administração de zinco em crianças com SD ajuda no melhor desempenho do sistema imune bem como no metabolismo dos hormônios tireoidianos. A maiorias dos portadores da SD estão acima do peso, isso se dá pela mal administração alimentar, em que os pais acabam influenciando seus filhos a se alimentarem de maneira incorrenta. Outro problema está ao atendimento odontológico desses pacientes. A maioria deles não possui um acompanhamento de perto e somente foram ao dentista uma vez na vida. Acometimentos presentes na cavidade bucal de pessoas com síndrome de Down podem comprometer sua rotina de vida, provocando problemas de saúde, alterações comportamentais e dificuldade de interação social. Vários problemas de um sindrômico podem ser evitados se este tiver acompanhamento odontológico. A atenção odontológica recebida pelas crianças e adolescentes com síndrome de Down foi influenciada, além da idade, pela postura dos profissionais que as assistem, mostrando a importância desses cuidadores atuarem com uma prática de atendimento integral.Portanto, vale lembrar que, essas pessoas apesar de possuírem uma síndrome, podem levar uma vida normal, frequentar escolas e conviver com as demais. Os cuidados são basicamente os mesmo, havendo em alguns casos uma atenção maior.
Referências:
-Organização Mundial de Saúde. Levantamentos básicos em saúde bucal. 4 ed. São Paulo: Santos; 1999.
- Austin PC, Tu JV. Automated variable selection methods for logistic regression produced unstable models predicting acute myocardial infarction mortality. J Clin Epidemiol. 2004;57(11):1138-46. doi:10.1016/j.jclinepi.2004.04.003
-Giaretta, Andréa; Ghiorzi, Angela da Rosa
Rev. bras. enferm. 62(3): 480-484, ND. 2009 Jun.
-Arq. Bras. Oftalmol. vol.70 no.4 São Paulo July/Aug. 2007
-Oliveira, Ana Cristina; Czeresnia, Dina; Paiva, Saul Martins; Campos, Mônica Rodrigues; Ferreira, Efigênia Ferreira
Rev. Saúde Pública 42(4): 693-699, TAB. 2008 Aug.
- Gomes AF, Amorim STS. Consumo alimentar e avaliação nutricional das crianças com Síndrome de Down em idade pré-escolar. In: 3° Congresso Brasileiro sobre Síndrome de Down; 2000; Curitiba (PR), Brasil. Curitiba: Associação Reviver Down; 2000. p. 180-7. [ Links ]
Raynério Costa, Marques; Marreiro, Dilina do Nascimento
Rev. Nutr. 19(4): 501-510, ND. 2006 Aug.
-Moreira, Lília MA; El-Hani, Charbel N; Gusmão, Fábio AF
Rev. Bras. Psiquiatr. 22(2): 96-99, ND. 2000 Jun.
-Gusmão, Fábio A. F.; Tavares, Eraldo J. M.; Moreira, Lília Maria de Azevedo
Cad. Saúde Pública 19(4): 973-978, GRA, TAB. 2003 Aug.
-Rev. Nutr. vol.19 no.4 Campinas July/Aug. 20
-Rev. bras. enferm. vol.62 no.3 Brasília May/June 2009
-Cad. Saúde Pública vol.19 no.4 Rio de Janeiro July/Aug. 2003
-www.fsdown.org.br/
-www.brasilescola.com/doencas/sindrome-de-down.htm
-www.abcdasaude.com.br/artigo.php?393
-www.ghente.org/ciencia/genetica/down.htm
Referências:
-Organização Mundial de Saúde. Levantamentos básicos em saúde bucal. 4 ed. São Paulo: Santos; 1999.
- Austin PC, Tu JV. Automated variable selection methods for logistic regression produced unstable models predicting acute myocardial infarction mortality. J Clin Epidemiol. 2004;57(11):1138-46. doi:10.1016/j.jclinepi.2004.04.003
-Giaretta, Andréa; Ghiorzi, Angela da Rosa
Rev. bras. enferm. 62(3): 480-484, ND. 2009 Jun.
-Arq. Bras. Oftalmol. vol.70 no.4 São Paulo July/Aug. 2007
-Oliveira, Ana Cristina; Czeresnia, Dina; Paiva, Saul Martins; Campos, Mônica Rodrigues; Ferreira, Efigênia Ferreira
Rev. Saúde Pública 42(4): 693-699, TAB. 2008 Aug.
- Gomes AF, Amorim STS. Consumo alimentar e avaliação nutricional das crianças com Síndrome de Down em idade pré-escolar. In: 3° Congresso Brasileiro sobre Síndrome de Down; 2000; Curitiba (PR), Brasil. Curitiba: Associação Reviver Down; 2000. p. 180-7. [ Links ]
Raynério Costa, Marques; Marreiro, Dilina do Nascimento
Rev. Nutr. 19(4): 501-510, ND. 2006 Aug.
-Moreira, Lília MA; El-Hani, Charbel N; Gusmão, Fábio AF
Rev. Bras. Psiquiatr. 22(2): 96-99, ND. 2000 Jun.
-Gusmão, Fábio A. F.; Tavares, Eraldo J. M.; Moreira, Lília Maria de Azevedo
Cad. Saúde Pública 19(4): 973-978, GRA, TAB. 2003 Aug.
-Rev. Nutr. vol.19 no.4 Campinas July/Aug. 20
-Rev. bras. enferm. vol.62 no.3 Brasília May/June 2009
-Cad. Saúde Pública vol.19 no.4 Rio de Janeiro July/Aug. 2003
-www.fsdown.org.br/
-www.brasilescola.com/doencas/sindrome-de-down.htm
-www.abcdasaude.com.br/artigo.php?393
-www.ghente.org/ciencia/genetica/down.htm
Artigo 10 - Gincana - Tarefa concluída!
Rev. bras. enferm. vol.62 no.3 Brasília May/June 2009
Andréa Giaretta; Angela da Rosa Ghiorzi
Os países de crianças com Síndrome de Down buscam compensar seu erro cromossômico através de liberdade irrestrita de suas vontades, onde o ato de comer pode assumir gigantescas proporções de contribuição para o sobrepeso e a obesidade. Para que uma criança com Síndrome de Down chegue à fase adulta saudável, sem sobrepeso, sem obesidade, é necessário um apoio educativo, no sentido de um trabalho integrado entre a família, o nutricionista e a equipe interdisciplinar. Foi feita uma atividade de busca de significados da realidade representada por eles com relação ao ato de comer, a escuta e a observação sensível. Para as famílias das pessoas com Síndrome de Down, que estavam sendo assistidos, utilizou-se uma entrevista aberta, onde, a partir de uma pergunta temática, o familiar podia discorrer livremente sobre o tema que lhe foi proposto. As dinâmicas envolveram três etapas: uma atividade inicial de descontração; uma atividade lúdica específica no meio para captar e compreender o ato de comer das pessoas envolvidas e uma dinâmica final para integração do processo assistencial com a construção de uma sistematização individual do ato de comer. No que diz respeito às atividades de descontração e de fechamento, utilizou-se: músicas, exercícios de alongamento e relaxamento e assuntos do seu cotidiano. As atividades lúdicas utilizadas foram: colagens, histórias, modelagem, brincadeira do restaurante, jogo da amarelinha dos alimentos, bingo dos alimentos, confecção de uma salada de frutas. Estas foram realizadas em nove encontros com os adolescentes e em oito encontros com as crianças. Com as mães, foram realizadas quatro atividades em sete encontros. Envolveram: construção da árvore dos desejos (desejos com relação à alimentação); dinâmica da colagem livre de palavras, fotos e figuras (quais os fatores culturais e ambientais que influenciam na sua alimentação); colagem dos sentimentos e emoções relacionados ao ato de comer; técnica da hipnose consciente; e confecção de uma salada de frutas juntamente com seus filhos. Entre as crianças do estudo, 66,7% estão obesas e 33,3% está com sobrepeso. Constatou-se 33,3% dos adolescentes com Síndrome de Down estão com sobrepeso, 33,3% eutróficos e 33,3% desnutridos. Nos jovens adultos, 50% estão obesos e 50% eutróficos. Através das atividades lúdicas, ficaram claros os desejos, pensamentos e vontades alimentares das pessoas com Síndrome de Down. O desejo de comer alimentos extremamente calóricos e ricos em gordura e açúcares pela maioria dos participantes, coincidiu com o biótipo atual deles: sobrepeso ou obesidade. Provavelmente em casa, estas crianças e adolescentes comam este tipo de alimentos. A independência das pessoas com Síndrome de Down nas suas escolhas alimentares, bem como no preparo dos alimentos, é possível e viável desde que essas pessoas saibam o que querem e como podem fazê-lo, além de serem compreendidas, respeitadas, acreditadas e estimuladas para tal. A família realmente é fundamental dentro do papel de educação nutricional, porque é ela quem transmite para seus filhos o primeiro significado do ato de comer, a partir de sua construção social.
Artigo 9 - Gincana
Uso de serviços odontológicos por pacientes com síndrome de Down
Ana Cristina OliveiraI; Dina CzeresniaII; Saul Martins PaivaI; Mônica Rodrigues CamposII; Efigênia Ferreira FerreiraI
Faculdade de Odontologia. Universidade Federal de Minas Gerais. Belo Horizonte, MG, Brasil
Escola Nacional de Saúde Pública. Fundação Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, RJ, Brasil
A saúde bucal representa um aspecto importante para a inclusão social de pessoas com deficiência. Raramente as doenças bucais e as malformações orofaciais acarretam risco de morte, entretanto, causam quadros de dor, infecções, complicações respiratórias e problemas mastigatórios. Do ponto de vista estético, características como mau hálito, dentes mal posicionados, traumatismos, sangramento gengival, hábito de ficar com a boca aberta e ato de babar podem mobilizar sentimentos de compaixão, preconceito, acentuando atitudes de rejeição social. A odontologia deve está presente na vida desses pacientes tanto quanto a medicina, mas, a saúde bucal ainda é vista com baixa prioridade. No Brasil, a integralidade surgiu quando passou a fazer parte das propostas da reforma sanitária, no início dos anos 80 e incluída em programas de saúde, até ser incorporada como uma das diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS). Este, possui como princípios a integralidade, universalidade, eqüidade, participação social e descentralização. A integralidade na odontologia é dividida em quatro parte: a primeira considera a integralidade das pessoas, definindo o conceito de boca como parte de um todo, o corpo, a segunda trata do atendimento integral, em que as pessoas devem ser atendidas em todas as suas necessidades de saúde, inclusive odontológicas, a terceira refere-se à integração dos serviços de saúde, onde a organização dos serviços depende de saberes de diferentes disciplinas, da regionalização das unidades na formação de um sistema de saúde local, a quarta dimensão é a intersetorialidade, vista como um pilar fundamental da integralidade. Foi realizado um estudo com mães e crianças portadores da SD entra os 3 a 18 anos de idade. As mães resolveram um questionário sobre as condições sociais e os atendimentos odontológicos que seus filhos sindrômicos exerciam. Foi realizado nos sindrômicos um exame clínico que diagnosticou principalmente presença de maloclusão, de lesões de cárie dentária e a qualidade da higiene bucal das crianças/adolescentes. Das crianças estudadas, 79,5% tinham ido ao menos uma vez ao dentista (IC 90% [72,3-87,8]), 79% pertenciam à classificação econômica menos favorecida. A idade média dos indivíduos com síndrome de Down era de 8 anos (±4 anos), 54% era do sexo masculino e 46% do sexo feminino. A idade média das mães era de 41 anos (±8 anos), 60 delas (54%) possuíam oito anos ou mais de estudo. No exame clínico foram identificados 83 (74%) crianças ou adolescentes com maloclusão e 41(37%) com pelo menos um dente com lesão de cárie dentária. A higiene bucal foi classificada como suficiente em 97 casos (87%). A falta de um banco de dados nacional, dificulta a obtenção de resultados da população de sindromicos e suas necessidades. O estudo mostrou que a maioria das crianças e adolecentes já tinham ido pelo menos uma vez em sua vida ao dentista. A escolaridade materna e a classe econômica não se associaram à experiência odontológica das crianças; provavelmente porque as mães desses pacientes com síndrome de Down podem recorrer aos serviços odontológicos públicos direcionados ao atendimento de pacientes especiais, mesmo não havendo cirurgiões-dentistas em seu quadro de atendimento, o hospital divulga para os pais ou responsáveis esses serviços públicos de assistência odontológica especializada. Acometimentos presentes na cavidade bucal de pessoas com síndrome de Down podem comprometer sua rotina de vida, provocando problemas de saúde, alterações comportamentais e dificuldade de interação social. Esse fato fortalece a questão da abordagem do profissional de saúde não ser restrita à sua especialidade, devendo dimensionar fatores de risco à saúde e conseqüentemente, executar ações preventivas. Ao exercer uma prática de trabalho atenta a identificar as necessidades de saúde apresentadas pelo usuário, o profissional passa a exercer um atendimento integral, evitando uma visão reducionista e fragmentária do paciente. Vários problemas dentários associados à síndrome de Down podem ser eliminados ou minimizados em pacientes assistidos pelo dentista ainda na fase de dentição decídua. Um problema dentário pode ser evitado caso o paciente receba cuidados preventivos antes da instalação ou agravamento. A atenção odontológica recebida pelas crianças e adolescentes com síndrome de Down foi influenciada, além da idade, pela postura dos profissionais que as assistem, mostrando a importância desses cuidadores atuarem com uma prática de atendimento integral.
Ana Cristina OliveiraI; Dina CzeresniaII; Saul Martins PaivaI; Mônica Rodrigues CamposII; Efigênia Ferreira FerreiraI
Faculdade de Odontologia. Universidade Federal de Minas Gerais. Belo Horizonte, MG, Brasil
Escola Nacional de Saúde Pública. Fundação Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, RJ, Brasil
A saúde bucal representa um aspecto importante para a inclusão social de pessoas com deficiência. Raramente as doenças bucais e as malformações orofaciais acarretam risco de morte, entretanto, causam quadros de dor, infecções, complicações respiratórias e problemas mastigatórios. Do ponto de vista estético, características como mau hálito, dentes mal posicionados, traumatismos, sangramento gengival, hábito de ficar com a boca aberta e ato de babar podem mobilizar sentimentos de compaixão, preconceito, acentuando atitudes de rejeição social. A odontologia deve está presente na vida desses pacientes tanto quanto a medicina, mas, a saúde bucal ainda é vista com baixa prioridade. No Brasil, a integralidade surgiu quando passou a fazer parte das propostas da reforma sanitária, no início dos anos 80 e incluída em programas de saúde, até ser incorporada como uma das diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS). Este, possui como princípios a integralidade, universalidade, eqüidade, participação social e descentralização. A integralidade na odontologia é dividida em quatro parte: a primeira considera a integralidade das pessoas, definindo o conceito de boca como parte de um todo, o corpo, a segunda trata do atendimento integral, em que as pessoas devem ser atendidas em todas as suas necessidades de saúde, inclusive odontológicas, a terceira refere-se à integração dos serviços de saúde, onde a organização dos serviços depende de saberes de diferentes disciplinas, da regionalização das unidades na formação de um sistema de saúde local, a quarta dimensão é a intersetorialidade, vista como um pilar fundamental da integralidade. Foi realizado um estudo com mães e crianças portadores da SD entra os 3 a 18 anos de idade. As mães resolveram um questionário sobre as condições sociais e os atendimentos odontológicos que seus filhos sindrômicos exerciam. Foi realizado nos sindrômicos um exame clínico que diagnosticou principalmente presença de maloclusão, de lesões de cárie dentária e a qualidade da higiene bucal das crianças/adolescentes. Das crianças estudadas, 79,5% tinham ido ao menos uma vez ao dentista (IC 90% [72,3-87,8]), 79% pertenciam à classificação econômica menos favorecida. A idade média dos indivíduos com síndrome de Down era de 8 anos (±4 anos), 54% era do sexo masculino e 46% do sexo feminino. A idade média das mães era de 41 anos (±8 anos), 60 delas (54%) possuíam oito anos ou mais de estudo. No exame clínico foram identificados 83 (74%) crianças ou adolescentes com maloclusão e 41(37%) com pelo menos um dente com lesão de cárie dentária. A higiene bucal foi classificada como suficiente em 97 casos (87%). A falta de um banco de dados nacional, dificulta a obtenção de resultados da população de sindromicos e suas necessidades. O estudo mostrou que a maioria das crianças e adolecentes já tinham ido pelo menos uma vez em sua vida ao dentista. A escolaridade materna e a classe econômica não se associaram à experiência odontológica das crianças; provavelmente porque as mães desses pacientes com síndrome de Down podem recorrer aos serviços odontológicos públicos direcionados ao atendimento de pacientes especiais, mesmo não havendo cirurgiões-dentistas em seu quadro de atendimento, o hospital divulga para os pais ou responsáveis esses serviços públicos de assistência odontológica especializada. Acometimentos presentes na cavidade bucal de pessoas com síndrome de Down podem comprometer sua rotina de vida, provocando problemas de saúde, alterações comportamentais e dificuldade de interação social. Esse fato fortalece a questão da abordagem do profissional de saúde não ser restrita à sua especialidade, devendo dimensionar fatores de risco à saúde e conseqüentemente, executar ações preventivas. Ao exercer uma prática de trabalho atenta a identificar as necessidades de saúde apresentadas pelo usuário, o profissional passa a exercer um atendimento integral, evitando uma visão reducionista e fragmentária do paciente. Vários problemas dentários associados à síndrome de Down podem ser eliminados ou minimizados em pacientes assistidos pelo dentista ainda na fase de dentição decídua. Um problema dentário pode ser evitado caso o paciente receba cuidados preventivos antes da instalação ou agravamento. A atenção odontológica recebida pelas crianças e adolescentes com síndrome de Down foi influenciada, além da idade, pela postura dos profissionais que as assistem, mostrando a importância desses cuidadores atuarem com uma prática de atendimento integral.
Assinar:
Postagens (Atom)