FLÁAAAAVIO, por favor reveja meu blog pois eu conclui nove questões e meu nome está na lista dos alunos que irão fazer sua AV2 amanhã. Já te mandei vários emails mas você não me responde. Tomara que veja essa postagem e resolva meu problema.
Obrigada
Por Monique Anne de Oliveira Barbosa
Odontologia 106.1
terça-feira, 14 de junho de 2011
sábado, 4 de junho de 2011
quinta-feira, 2 de junho de 2011
Atividade 4 - Gincana - concluída
A síndrome de Down é um distúrbio genético causado durante a formação do feto, é uma das anomalias genéticas mais conhecidas e a forma mais freqüente de retardo mental, embora a causa mais comum dessa síndrome seja decorrente de mutação numérica, no qual o indivíduo apresenta um cromossomo a mais no par 21(trissomia do par 21), há duas outras possibilidades dessa ocorrer: translocação entre os pares 15 e 21 ou entre os pares 21 e 22. O risco de ter uma criança com trissomia do 21 aumenta com a idade materna. Por exemplo, o risco de ter um recém-nascido com síndrome de Down, se a mãe tem 30 anos é de 1 em 1.000, se a mãe tiver 40 anos, o risco é de 9 em 1.000. Na população em geral, a freqüência da síndrome de Down é de 1 para cada 650 a 1.000 recém-nascidos vivos e cerca de 85% dos casos ocorre em mães com menos de 35 anos de idade. Pais que têm uma criança com síndrome de Down têm um risco aumentado de ter outra criança com a síndrome em gravidezes futuras. É calculado que o risco de ter outra criança afetada é aproximadamente 1 em 100 na trissomia do 21 e no mosaicismo. Porém, se a criança tem síndrome de Down por translocação e se um dos pais é portador de translocação (o que ocorre em um terço dos casos), então o risco de recorrência aumenta sensivelmente. O risco real depende do tipo de translocação e se o portador da translocação é o pai ou a mãe. É importante que mulheres muito jovens ou com mais de 35 anos que desejam engravidar busquem orientação médica. Hoje existem exames que detectam a síndrome nas primeiras semanas de gestação, é por isso que o pré-natal é muito importante, para que se tomem as medidas necessárias para que a criança nasça nas melhores condições possíveis e que ao nascer comece um tratamento para desenvolver melhor os músculos, o raciocínio, entre outros. É muito importante que os pais tenham acompanhamento psicólogo para que o profissional trabalhe o emocional deles em relação ao filho. Possui algumas características como: a cabeça é um pouco que o normal, rosto tem um contorno achatado, devido, principalmente, aos ossos faciais pouco desenvolvidos e nariz pequeno, osso nasal geralmente afundado, olhos tem uma inclinação lateral para cima, orelhas pequenas e de implantação baixa, a borda superior da orelha é muitas vezes dobrada, a boca é pequena e algumas crianças a mantêm aberta e a língua pode projetar-se um pouc, pescoço largo e grosso, abdômen saliente e tecido adiposo abundante, as mãos e os pés tendem a ser pequenos e grossos, dedos dos pés geralmente curtos, genitália desenvolvida; nos homens o pênis é pequeno e há criptorquidismo, nas mulheres os lábios e o clitóris são pouco desenvolvidos. Os meninos são estéreis, e as meninas ovulam, embora os períodos não sejam regulares. A forma completa do DSAV é uma das cardiopatias mais comuns na SD. Ocorrem várias alterações oculares, como, catarata, ceratocone, estrabismo, manchas de Brushfield, triquíase, epífora, nistagmo e altas ametropias, miopia. Para alguns pesquisadores, os distúrbios presentes na Síndrome de Down podem ser agravados pela deficiência de zinco. Esse mineral participa como cofator da deiodinase tipo II, uma das enzimas que regula a conversão de tiroxina (T4) a triiodotironina (T3). O zinco é avaliado através do consumo alimentar de suas concentrações no plasma, nos leucócitos, neutrófilos, eritrócitos e na urina. O zinco tem papel no metabolismo energético, como componente catalítico de mais de 300 metaloenzimas nos tecidos humanos, e como componente estrutural de diversas proteínas, hormônios e nucleotídeos. Ele é essencial para o crescimento, reprodução e a maturação sexual, imunidade, defesa antioxidante, manutenção do apetite, do paladar, da capacidade de cicatrização de feridas e para a visão noturna, prevenção celular, é um poderoso antioxidante. A administração de zinco em crianças com SD ajuda no melhor desempenho do sistema imune bem como no metabolismo dos hormônios tireoidianos. A maiorias dos portadores da SD estão acima do peso, isso se dá pela mal administração alimentar, em que os pais acabam influenciando seus filhos a se alimentarem de maneira incorrenta. Outro problema está ao atendimento odontológico desses pacientes. A maioria deles não possui um acompanhamento de perto e somente foram ao dentista uma vez na vida. Acometimentos presentes na cavidade bucal de pessoas com síndrome de Down podem comprometer sua rotina de vida, provocando problemas de saúde, alterações comportamentais e dificuldade de interação social. Vários problemas de um sindrômico podem ser evitados se este tiver acompanhamento odontológico. A atenção odontológica recebida pelas crianças e adolescentes com síndrome de Down foi influenciada, além da idade, pela postura dos profissionais que as assistem, mostrando a importância desses cuidadores atuarem com uma prática de atendimento integral.Portanto, vale lembrar que, essas pessoas apesar de possuírem uma síndrome, podem levar uma vida normal, frequentar escolas e conviver com as demais. Os cuidados são basicamente os mesmo, havendo em alguns casos uma atenção maior.
Referências:
-Organização Mundial de Saúde. Levantamentos básicos em saúde bucal. 4 ed. São Paulo: Santos; 1999.
- Austin PC, Tu JV. Automated variable selection methods for logistic regression produced unstable models predicting acute myocardial infarction mortality. J Clin Epidemiol. 2004;57(11):1138-46. doi:10.1016/j.jclinepi.2004.04.003
-Giaretta, Andréa; Ghiorzi, Angela da Rosa
Rev. bras. enferm. 62(3): 480-484, ND. 2009 Jun.
-Arq. Bras. Oftalmol. vol.70 no.4 São Paulo July/Aug. 2007
-Oliveira, Ana Cristina; Czeresnia, Dina; Paiva, Saul Martins; Campos, Mônica Rodrigues; Ferreira, Efigênia Ferreira
Rev. Saúde Pública 42(4): 693-699, TAB. 2008 Aug.
- Gomes AF, Amorim STS. Consumo alimentar e avaliação nutricional das crianças com Síndrome de Down em idade pré-escolar. In: 3° Congresso Brasileiro sobre Síndrome de Down; 2000; Curitiba (PR), Brasil. Curitiba: Associação Reviver Down; 2000. p. 180-7. [ Links ]
Raynério Costa, Marques; Marreiro, Dilina do Nascimento
Rev. Nutr. 19(4): 501-510, ND. 2006 Aug.
-Moreira, Lília MA; El-Hani, Charbel N; Gusmão, Fábio AF
Rev. Bras. Psiquiatr. 22(2): 96-99, ND. 2000 Jun.
-Gusmão, Fábio A. F.; Tavares, Eraldo J. M.; Moreira, Lília Maria de Azevedo
Cad. Saúde Pública 19(4): 973-978, GRA, TAB. 2003 Aug.
-Rev. Nutr. vol.19 no.4 Campinas July/Aug. 20
-Rev. bras. enferm. vol.62 no.3 Brasília May/June 2009
-Cad. Saúde Pública vol.19 no.4 Rio de Janeiro July/Aug. 2003
-www.fsdown.org.br/
-www.brasilescola.com/doencas/sindrome-de-down.htm
-www.abcdasaude.com.br/artigo.php?393
-www.ghente.org/ciencia/genetica/down.htm
Referências:
-Organização Mundial de Saúde. Levantamentos básicos em saúde bucal. 4 ed. São Paulo: Santos; 1999.
- Austin PC, Tu JV. Automated variable selection methods for logistic regression produced unstable models predicting acute myocardial infarction mortality. J Clin Epidemiol. 2004;57(11):1138-46. doi:10.1016/j.jclinepi.2004.04.003
-Giaretta, Andréa; Ghiorzi, Angela da Rosa
Rev. bras. enferm. 62(3): 480-484, ND. 2009 Jun.
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-Oliveira, Ana Cristina; Czeresnia, Dina; Paiva, Saul Martins; Campos, Mônica Rodrigues; Ferreira, Efigênia Ferreira
Rev. Saúde Pública 42(4): 693-699, TAB. 2008 Aug.
- Gomes AF, Amorim STS. Consumo alimentar e avaliação nutricional das crianças com Síndrome de Down em idade pré-escolar. In: 3° Congresso Brasileiro sobre Síndrome de Down; 2000; Curitiba (PR), Brasil. Curitiba: Associação Reviver Down; 2000. p. 180-7. [ Links ]
Raynério Costa, Marques; Marreiro, Dilina do Nascimento
Rev. Nutr. 19(4): 501-510, ND. 2006 Aug.
-Moreira, Lília MA; El-Hani, Charbel N; Gusmão, Fábio AF
Rev. Bras. Psiquiatr. 22(2): 96-99, ND. 2000 Jun.
-Gusmão, Fábio A. F.; Tavares, Eraldo J. M.; Moreira, Lília Maria de Azevedo
Cad. Saúde Pública 19(4): 973-978, GRA, TAB. 2003 Aug.
-Rev. Nutr. vol.19 no.4 Campinas July/Aug. 20
-Rev. bras. enferm. vol.62 no.3 Brasília May/June 2009
-Cad. Saúde Pública vol.19 no.4 Rio de Janeiro July/Aug. 2003
-www.fsdown.org.br/
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-www.abcdasaude.com.br/artigo.php?393
-www.ghente.org/ciencia/genetica/down.htm
Artigo 10 - Gincana - Tarefa concluída!
Rev. bras. enferm. vol.62 no.3 Brasília May/June 2009
Andréa Giaretta; Angela da Rosa Ghiorzi
Os países de crianças com Síndrome de Down buscam compensar seu erro cromossômico através de liberdade irrestrita de suas vontades, onde o ato de comer pode assumir gigantescas proporções de contribuição para o sobrepeso e a obesidade. Para que uma criança com Síndrome de Down chegue à fase adulta saudável, sem sobrepeso, sem obesidade, é necessário um apoio educativo, no sentido de um trabalho integrado entre a família, o nutricionista e a equipe interdisciplinar. Foi feita uma atividade de busca de significados da realidade representada por eles com relação ao ato de comer, a escuta e a observação sensível. Para as famílias das pessoas com Síndrome de Down, que estavam sendo assistidos, utilizou-se uma entrevista aberta, onde, a partir de uma pergunta temática, o familiar podia discorrer livremente sobre o tema que lhe foi proposto. As dinâmicas envolveram três etapas: uma atividade inicial de descontração; uma atividade lúdica específica no meio para captar e compreender o ato de comer das pessoas envolvidas e uma dinâmica final para integração do processo assistencial com a construção de uma sistematização individual do ato de comer. No que diz respeito às atividades de descontração e de fechamento, utilizou-se: músicas, exercícios de alongamento e relaxamento e assuntos do seu cotidiano. As atividades lúdicas utilizadas foram: colagens, histórias, modelagem, brincadeira do restaurante, jogo da amarelinha dos alimentos, bingo dos alimentos, confecção de uma salada de frutas. Estas foram realizadas em nove encontros com os adolescentes e em oito encontros com as crianças. Com as mães, foram realizadas quatro atividades em sete encontros. Envolveram: construção da árvore dos desejos (desejos com relação à alimentação); dinâmica da colagem livre de palavras, fotos e figuras (quais os fatores culturais e ambientais que influenciam na sua alimentação); colagem dos sentimentos e emoções relacionados ao ato de comer; técnica da hipnose consciente; e confecção de uma salada de frutas juntamente com seus filhos. Entre as crianças do estudo, 66,7% estão obesas e 33,3% está com sobrepeso. Constatou-se 33,3% dos adolescentes com Síndrome de Down estão com sobrepeso, 33,3% eutróficos e 33,3% desnutridos. Nos jovens adultos, 50% estão obesos e 50% eutróficos. Através das atividades lúdicas, ficaram claros os desejos, pensamentos e vontades alimentares das pessoas com Síndrome de Down. O desejo de comer alimentos extremamente calóricos e ricos em gordura e açúcares pela maioria dos participantes, coincidiu com o biótipo atual deles: sobrepeso ou obesidade. Provavelmente em casa, estas crianças e adolescentes comam este tipo de alimentos. A independência das pessoas com Síndrome de Down nas suas escolhas alimentares, bem como no preparo dos alimentos, é possível e viável desde que essas pessoas saibam o que querem e como podem fazê-lo, além de serem compreendidas, respeitadas, acreditadas e estimuladas para tal. A família realmente é fundamental dentro do papel de educação nutricional, porque é ela quem transmite para seus filhos o primeiro significado do ato de comer, a partir de sua construção social.
Artigo 9 - Gincana
Uso de serviços odontológicos por pacientes com síndrome de Down
Ana Cristina OliveiraI; Dina CzeresniaII; Saul Martins PaivaI; Mônica Rodrigues CamposII; Efigênia Ferreira FerreiraI
Faculdade de Odontologia. Universidade Federal de Minas Gerais. Belo Horizonte, MG, Brasil
Escola Nacional de Saúde Pública. Fundação Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, RJ, Brasil
A saúde bucal representa um aspecto importante para a inclusão social de pessoas com deficiência. Raramente as doenças bucais e as malformações orofaciais acarretam risco de morte, entretanto, causam quadros de dor, infecções, complicações respiratórias e problemas mastigatórios. Do ponto de vista estético, características como mau hálito, dentes mal posicionados, traumatismos, sangramento gengival, hábito de ficar com a boca aberta e ato de babar podem mobilizar sentimentos de compaixão, preconceito, acentuando atitudes de rejeição social. A odontologia deve está presente na vida desses pacientes tanto quanto a medicina, mas, a saúde bucal ainda é vista com baixa prioridade. No Brasil, a integralidade surgiu quando passou a fazer parte das propostas da reforma sanitária, no início dos anos 80 e incluída em programas de saúde, até ser incorporada como uma das diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS). Este, possui como princípios a integralidade, universalidade, eqüidade, participação social e descentralização. A integralidade na odontologia é dividida em quatro parte: a primeira considera a integralidade das pessoas, definindo o conceito de boca como parte de um todo, o corpo, a segunda trata do atendimento integral, em que as pessoas devem ser atendidas em todas as suas necessidades de saúde, inclusive odontológicas, a terceira refere-se à integração dos serviços de saúde, onde a organização dos serviços depende de saberes de diferentes disciplinas, da regionalização das unidades na formação de um sistema de saúde local, a quarta dimensão é a intersetorialidade, vista como um pilar fundamental da integralidade. Foi realizado um estudo com mães e crianças portadores da SD entra os 3 a 18 anos de idade. As mães resolveram um questionário sobre as condições sociais e os atendimentos odontológicos que seus filhos sindrômicos exerciam. Foi realizado nos sindrômicos um exame clínico que diagnosticou principalmente presença de maloclusão, de lesões de cárie dentária e a qualidade da higiene bucal das crianças/adolescentes. Das crianças estudadas, 79,5% tinham ido ao menos uma vez ao dentista (IC 90% [72,3-87,8]), 79% pertenciam à classificação econômica menos favorecida. A idade média dos indivíduos com síndrome de Down era de 8 anos (±4 anos), 54% era do sexo masculino e 46% do sexo feminino. A idade média das mães era de 41 anos (±8 anos), 60 delas (54%) possuíam oito anos ou mais de estudo. No exame clínico foram identificados 83 (74%) crianças ou adolescentes com maloclusão e 41(37%) com pelo menos um dente com lesão de cárie dentária. A higiene bucal foi classificada como suficiente em 97 casos (87%). A falta de um banco de dados nacional, dificulta a obtenção de resultados da população de sindromicos e suas necessidades. O estudo mostrou que a maioria das crianças e adolecentes já tinham ido pelo menos uma vez em sua vida ao dentista. A escolaridade materna e a classe econômica não se associaram à experiência odontológica das crianças; provavelmente porque as mães desses pacientes com síndrome de Down podem recorrer aos serviços odontológicos públicos direcionados ao atendimento de pacientes especiais, mesmo não havendo cirurgiões-dentistas em seu quadro de atendimento, o hospital divulga para os pais ou responsáveis esses serviços públicos de assistência odontológica especializada. Acometimentos presentes na cavidade bucal de pessoas com síndrome de Down podem comprometer sua rotina de vida, provocando problemas de saúde, alterações comportamentais e dificuldade de interação social. Esse fato fortalece a questão da abordagem do profissional de saúde não ser restrita à sua especialidade, devendo dimensionar fatores de risco à saúde e conseqüentemente, executar ações preventivas. Ao exercer uma prática de trabalho atenta a identificar as necessidades de saúde apresentadas pelo usuário, o profissional passa a exercer um atendimento integral, evitando uma visão reducionista e fragmentária do paciente. Vários problemas dentários associados à síndrome de Down podem ser eliminados ou minimizados em pacientes assistidos pelo dentista ainda na fase de dentição decídua. Um problema dentário pode ser evitado caso o paciente receba cuidados preventivos antes da instalação ou agravamento. A atenção odontológica recebida pelas crianças e adolescentes com síndrome de Down foi influenciada, além da idade, pela postura dos profissionais que as assistem, mostrando a importância desses cuidadores atuarem com uma prática de atendimento integral.
Ana Cristina OliveiraI; Dina CzeresniaII; Saul Martins PaivaI; Mônica Rodrigues CamposII; Efigênia Ferreira FerreiraI
Faculdade de Odontologia. Universidade Federal de Minas Gerais. Belo Horizonte, MG, Brasil
Escola Nacional de Saúde Pública. Fundação Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, RJ, Brasil
A saúde bucal representa um aspecto importante para a inclusão social de pessoas com deficiência. Raramente as doenças bucais e as malformações orofaciais acarretam risco de morte, entretanto, causam quadros de dor, infecções, complicações respiratórias e problemas mastigatórios. Do ponto de vista estético, características como mau hálito, dentes mal posicionados, traumatismos, sangramento gengival, hábito de ficar com a boca aberta e ato de babar podem mobilizar sentimentos de compaixão, preconceito, acentuando atitudes de rejeição social. A odontologia deve está presente na vida desses pacientes tanto quanto a medicina, mas, a saúde bucal ainda é vista com baixa prioridade. No Brasil, a integralidade surgiu quando passou a fazer parte das propostas da reforma sanitária, no início dos anos 80 e incluída em programas de saúde, até ser incorporada como uma das diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS). Este, possui como princípios a integralidade, universalidade, eqüidade, participação social e descentralização. A integralidade na odontologia é dividida em quatro parte: a primeira considera a integralidade das pessoas, definindo o conceito de boca como parte de um todo, o corpo, a segunda trata do atendimento integral, em que as pessoas devem ser atendidas em todas as suas necessidades de saúde, inclusive odontológicas, a terceira refere-se à integração dos serviços de saúde, onde a organização dos serviços depende de saberes de diferentes disciplinas, da regionalização das unidades na formação de um sistema de saúde local, a quarta dimensão é a intersetorialidade, vista como um pilar fundamental da integralidade. Foi realizado um estudo com mães e crianças portadores da SD entra os 3 a 18 anos de idade. As mães resolveram um questionário sobre as condições sociais e os atendimentos odontológicos que seus filhos sindrômicos exerciam. Foi realizado nos sindrômicos um exame clínico que diagnosticou principalmente presença de maloclusão, de lesões de cárie dentária e a qualidade da higiene bucal das crianças/adolescentes. Das crianças estudadas, 79,5% tinham ido ao menos uma vez ao dentista (IC 90% [72,3-87,8]), 79% pertenciam à classificação econômica menos favorecida. A idade média dos indivíduos com síndrome de Down era de 8 anos (±4 anos), 54% era do sexo masculino e 46% do sexo feminino. A idade média das mães era de 41 anos (±8 anos), 60 delas (54%) possuíam oito anos ou mais de estudo. No exame clínico foram identificados 83 (74%) crianças ou adolescentes com maloclusão e 41(37%) com pelo menos um dente com lesão de cárie dentária. A higiene bucal foi classificada como suficiente em 97 casos (87%). A falta de um banco de dados nacional, dificulta a obtenção de resultados da população de sindromicos e suas necessidades. O estudo mostrou que a maioria das crianças e adolecentes já tinham ido pelo menos uma vez em sua vida ao dentista. A escolaridade materna e a classe econômica não se associaram à experiência odontológica das crianças; provavelmente porque as mães desses pacientes com síndrome de Down podem recorrer aos serviços odontológicos públicos direcionados ao atendimento de pacientes especiais, mesmo não havendo cirurgiões-dentistas em seu quadro de atendimento, o hospital divulga para os pais ou responsáveis esses serviços públicos de assistência odontológica especializada. Acometimentos presentes na cavidade bucal de pessoas com síndrome de Down podem comprometer sua rotina de vida, provocando problemas de saúde, alterações comportamentais e dificuldade de interação social. Esse fato fortalece a questão da abordagem do profissional de saúde não ser restrita à sua especialidade, devendo dimensionar fatores de risco à saúde e conseqüentemente, executar ações preventivas. Ao exercer uma prática de trabalho atenta a identificar as necessidades de saúde apresentadas pelo usuário, o profissional passa a exercer um atendimento integral, evitando uma visão reducionista e fragmentária do paciente. Vários problemas dentários associados à síndrome de Down podem ser eliminados ou minimizados em pacientes assistidos pelo dentista ainda na fase de dentição decídua. Um problema dentário pode ser evitado caso o paciente receba cuidados preventivos antes da instalação ou agravamento. A atenção odontológica recebida pelas crianças e adolescentes com síndrome de Down foi influenciada, além da idade, pela postura dos profissionais que as assistem, mostrando a importância desses cuidadores atuarem com uma prática de atendimento integral.
quarta-feira, 1 de junho de 2011
Artigo 8 - Gincana
Revista de Nutrição
Rev. Nutr. vol.19 no.4 Campinas July/Aug. 2006
Aspectos metabólicos e funcionais do zinco na Síndrome de Down
A síndrome de Down é uma doença cromossômica caracterizada pela trissomia do par 21. Para alguns pesquisadores, os distúrbios presentes na Síndrome de Down podem ser agravados pela deficiência de zinco. Esse mineral participa como cofator da deiodinase tipo II, uma das enzimas que regula a conversão de tiroxina (T4) a triiodotironina (T3). A captação do zinco pode ser feita por transportadores ou difusão simples. O mecanismo mediado por carreador predomina em situação de baixa concentração de zinco na dieta, enquanto que a absorção por difusão simples é predominante quando a concentração desse mineral é elevada. Dentro das células intestinais, o zinco liga-se a uma proteína responsável pela regulação homeostática de sua absorção, a metalotioneína. A presença de aminoácidos pode melhorar a biodisponibilidade do zinco e o fitato, presente em alimentos, pode dificultar. Outros fatores que podem captar zinco são fatores dietéticos, presença de ligantes antagonistas, presença de ligantes facilitadores, fatores genéticos, que influenciam a absorção, e ainda os fatores sistêmicos, entre eles o estado de anabolismo ou catabolismo, alterações endócrinas, função hepática, função renal, estresse e infeções. O zinco é avaliado através do consumo alimentar de suas concentrações no plasma, nos leucócitos, neutrófilos, eritrócitos e na urina. O zinco tem papel no metabolismo energético, como componente catalítico de mais de 300 metaloenzimas nos tecidos humanos, e como componente estrutural de diversas proteínas, hormônios e nucleotídeos. Ele é essencial para o crescimento, reprodução e a maturação sexual, imunidade, defesa antioxidante, manutenção do apetite, do paladar, da capacidade de cicatrização de feridas e para a visão noturna, prevenção celular, é um poderoso antioxidante. Crianças com SD possuiem uma taxa de zinco diminuída tanto plasma, soro, cabelo, saliva, eritrócito e urina. Estudos mostram que essa diminuição em portadores da SD está relacionada aos hormônio da tireóide e suas atividades. Há um aumento em torno de 50% da atividade da Cu/Zn superóxido dismutase nos eritrócitos desses indivíduos, devido à expressão aumentada do gene em células de pacientes com a presença adicional de um cromossomo 21. O envelhecimento rápido na SD é uma característica bastante comum, que pode ser atribuída à hiper expressão de Cu/Zn-SOD1, a formação excessiva de radicais hidroxil poderá levar à lesão oxidativa, aumentando a freqüência de danos ao DNA, induzida por peróxido de hidrogênio (H2O2) e cobre e levando ao envelhecimento. A administração de zinco em crianças com SD ajuda no melhor desempenho do sistema imune bem como no metabolismo dos hormônios tireoidianos.
Artigo 7 - Gincana
Arquivos Brasileiros de Oftalmologia
Arq. Bras. Oftalmol. vol.70 no.4 São Paulo July/Aug. 2007
Ectrópio palpebral em portador da síndrome de Down e conjuntivite alérgica: relato de caso
A síndrome de Down representa uma anomalia cromossômica freqüente, relatada aproximadamente em 1 a cada 700 nascidos vivos. Ocorrem várias alterações oculares, como, catarata, ceratocone, estrabismo, manchas de Brushfield, triquíase, epífora, nistagmo e altas ametropias, miopia. Alterações palpebrais são freqüentes e contribuem para o estereótipo da síndrome, como fendas palpebrais oblíquas e estreitas, epicanto, blefarite crônica, blefaroconjuntivite, eversão congênita das pálpebras superiores, ectrópio ou entrópio de pálpebras superiores e inferiores e euribléfaro. Um portador de síndrome de Down, há 8 anos com ectrópio de pálpebras inferiores, com melhora na pálpebra inferior esquerda após uso de colírios para tratamento de conjuntivite alérgica e manutenção do quadro à direita, que já teve asma brônquica, cardiopatia e debilidade mental, conjuntivite alérgica tratada com vários colírios. Na síndrome de Down o ectrópio congênito é mais freqüente do que em outras crianças, podendo estar associado à flacidez ligamentar. Entretanto, observou-se aqui uma causa mecânica provocando a eversão palpebral que pode ter se iniciado pela existência de conjuntivite alérgica. A conjuntiva tarsal exposta tornou-se espessa, facilitando e perpetuando a eversão palpebral. Este mecanismo é freqüente nos processos alérgicos, quando a reação de hipersensibilidade do tipo 1 leva à degranulação de mastócitos, liberação de aminas vasoativas, citocinas e mediadores químicos, como o fator quimiotático eosinofílico e a proteína básica maior, com vasodilatação e extravasamento de líquido para a submucosa conjuntival, ocasionando os sintomas inflamatórios que podem se tornar crônicos. O longo período de inflamação conjuntival e quemose, pode contribuir para a flacidez horizontal da pálpebra, agravando a flacidez ligamentar e hipotonia da musculatura da face, presentes nos portadores de síndrome de Down. O ceratocone pode ocorrer na síndrome de Down. Entretanto, 10 a 16% dos portadores de alergia ocular podem apresentar ceratocone, devido ao ato de coçar o olho ou pela liberação de citocinas no processo alérgico. Portanto, o paciente em questão poderia ter desenvolvido o ceratocone secundariamente à conjuntivite alérgica. A cirurgia a ressecção da lamela posterior uma vez que, após 8 anos de exposição, a conjuntiva tarsal desenvolveu metaplasia, ceratinização e alterações cicatriciais, fazendo-se necessária a ressecção das áreas de fibrose para que fosse possível corrigir a deformidade palpebral.
Artigo 6 - Gincana
Jornal de Pediatria
J. Pediatr. (Rio J.) vol.85 no.5 Porto Alegre Sept./Oct. 2009
Prevalência de cardiopatias congênitas em portadores da síndrome de DownA síndrome de Down (SD) é a aberração cromossômica mais frequente em recém-nascidos, a trissomia 21 ocorre em 95% dos casos devido a não-disjunção na meiose materna I, resultando em três cópias do cromossomo 21 em cada célula. A análise bivariada entre o desfecho representado pela presença de cardiopatia congênita e os fatores preditores idade materna, idade paterna, cor dos pais e da criança, presença de outras malformações e sexo da criança mostraram que as associações não foram estatisticamente significativas. A forma completa do DSAV é uma das cardiopatias mais comuns na SD, mas a distribuição das cardiopatias congênitas em crianças com a síndrome pode variar conforme a região geográfica. Estudos epidemiológicos realizados nos Estados Unidos e na Europa informaram que a forma completa do DSAV demonstrou a maior frequência, afetando até 60% dos pacientes. Por outro lado, na Ásia, defeitos do septo ventricular isolados foram apontados como os defeitos mais frequentes, observados em aproximadamente 40% dos casos. Na América Latina, um tipo secundum de defeito do septo atrial (DAS) foi a lesão mais comum (40%). Esses dados estão de acordo com estudos latino-americanos. doença vascular pulmonar irreversível de desenvolvimento precoce na SD, com fluxo sanguíneo da esquerda para a direita, está relacionada precisamente aos DSAV. Morris et al. relataram que os desfechos cirúrgicos de crianças portadoras de SD e DSAV completos apresentam uma alta correlação, sendo que a evolução precoce para doença vascular pulmonar obstrutiva nesses pacientes é um dos fatores mais importantes devido à alta mortalidade transoperatória. Há também alguns argumentos sobre o impacto da associação com SD sobre os desfechos clínicos do reparo cirúrgico de DSAV completos, inclusive mortalidade e morbidade tardia. No entanto, Rizzoli et al. informaram que a SD não foi um fator de risco independente para mortalidade operatória e que pacientes portadores de SD foram menos frequentemente submetidos a reoperação. Apesar de alguns pontos conflitantes entre os dois grupos, nossa recomendação é que pacientes com SD e DSAV sejam submetidos a tratamento cirúrgico antes dos 12 meses de vida, preferencialmente entre os 3 e 6 meses e antes do início da hipertensão pulmonar. Aconselhamento genético pré-natal é obrigatório em casos com diagnóstico ecocardiográfico fetal de DSAV completo, devido à sua ligação estreita com SD e outras anomalias cromossômicas. Atualmente, o diagnóstico pré-natal de DSAV completo tem sido associado a um risco de 58% para aneuploidia, principalmente SD.
Artigo 5 - Gincana
Ciência & Saúde Coletiva - Ciênc. saúde coletiva vol.15 no.6 Rio de Janeiro Sept. 2010
Biologia do envelhecimento: teorias, mecanismos e perspectivas
O envelhecimento biológico é um processo que se inicia no nascimento e continua até que ocorra a morte. Por questões éticas, as pesquisas experimentais não podem ser realizadas em seres humanos e têm sido desenvolvidas em modelos animais, apresentando vantagens pois, possuem vida curta, genoma completamente sequenciado, biologia bem caracterizada e custo baixo para estudos em cultura. O postulado das teorias programadas é a existência de "relógios biológicos"que regulam o crescimento, a maturidade, a senescência e a morte. A premissa das teorias estocásticas é a identificação de agravos que induzem aos danos moleculares e celulares, aleatórios e progressivos. Dufour e Larsson6 afirmam que um modo de estudar o envelhecimento é desenhar a curva hipotética de sobrevivência de uma população, com envelhecimento geneticamente uniforme. a teoria do acúmulo de mutações considera que a força da seleção natural diminui com a idade8. Durante o processo de adaptação, haveria pressão intensa de seleção para eliminar uma mutação deletéria, cuja manifestação em indivíduos jovens poderia comprometer a função reprodutiva em uma população.
Entretanto, se essa mutação não se manifestar até idade avançada, alguns indivíduos terão falecido antes da expressão da mesma. Isso significa que quando a expressão de uma mutação ocorre com baixa frequência, a seleção natural tem poucas "oportunidades para limpar"o genoma. A teoria da pleiotropia antagonista foi formulada por George Williams, em 19577. A hipótese é de que há genes com efeitos benéficos durante a juventude, que se tornam prejudiciais na fase tardia da vida7. Assim, os genes selecionados potencializariam o vigor jovem, sendo favoráveis à reprodução; no entanto, posteriormente, causariam as mudanças características da senescência.
A teoria do soma descartável foi proposta por Kirkwood, em 1977. Segundo este pesquisador, como a mortalidade extrínseca é elevada nos animais em habitat natural, não seria producente a utilização de energia para manter o organismo além do seu tempo de vida7. Assim, a energia deve ser direcionada para melhorar a capacidade reprodutiva do indivíduo, mas não para mantê-lo vivo indefinidamente. A teoria do erro-catastrófico, desenvolvida por Orgel em 1963, propõe que pode ocorrer o acúmulo de erros aleatórios nas proteínas que sintetizam o DNA ou outras moléculas template (molde), comprometendo a maquinaria de síntese proteica4. Esse acúmulo de erros na transcrição e na translação diminuiria a fidelidade da maquinaria e estabeleceria um feedback positivo, introduzindo erros nas proteínas produzidas, em um processo de autoamplificação.
A hipótese da relação entre as mutações somáticas e o envelhecimento originou-se da observação de que os danos, induzidos por radiação em cobaias, assemelham-se a algumas características da senescência16. O envelhecimento seria causado pelo acúmulo de mutações, após longa exposição aos níveis de radiação natural e de outros agentes ambientais. A teoria do reparo do DNA é um exemplo específico da teoria das mutações somáticas. A taxa de erros de replicação do DNA pode ser tão alta quanto 0,01%, mas há sistemas que garantem a precisão desse processo.
Há dois tipos de senescência celular: (1) a senescência induzida por estresse (stress-induced senescence – SIS), que ocorre em resposta aos eventos moleculares; (2) a senescência replicativa, que resulta da perda de telômeros. Os telômeros são estruturas constituídas de uma sequência repetida de DNA, localizadas nas extremidades dos cromossomos, com a função de preservar a integridade dos genomas e evitar a fusão com outros cromossomos. A telomerase é uma transcriptase reversa constituída de uma sequência curta de RNA que serve de molde para a síntese do telômero. Durante o processo de replicação do DNA nas células eucariotas, ocorre perda de pequena quantidade de DNA em cada extremidade do cromossomo, a cada divisão celular, resultando em encurtamento dos telômeros, em alteração estrutural e em eventual senescência replicativa. Os telômeros são encurtados durante o crescimento replicativo em muitas culturas de células humanas nas quais a telomerase não está ativada. A expressão da telomerase ocorre nas células de linhagem germinativa, nas células-tronco e nas células neoplásicas, havendo nessas células uma regeneração dos telômeros e prevenção da senescência replicativa24. No entanto, a maioria das células humanas somáticas normais apresenta pouca ou nenhuma atividade de telomerase. Quando os telômeros chegam a um comprimento mínimo, específico para cada célula, ocorre a sinalização que determina a senescência celular, submetendo-a ao limite de Hayflick. A teoria dos radicais livres, proposta em 1956 por Denham Harman, estabelece que o envelhecimento advém dos efeitos deletérios nas organelas celulares, causados pelas espécies reativas de oxigênio33. As espécies reativas de oxigênio, como o oxigênio singlete (O2) e os radicais superóxido (O2-) e hidroxila (OH), são geradas fisiologicamente nos organismos aeróbios33. Esse processo ocorre em compartimentos intracelulares, a partir de proteínas localizadas dentro da membrana plasmática, do metabolismo lipídico no interior dos peroxissomos e da atividade enzimática do citosol como as ciclo-oxigenases34. Aproximadamente 90% das espécies reativas de oxigênio são produzidas por mitocôndrias em decorrência da fosforilação oxidativa. A fosforilação oxidativa utiliza a oxidação controlada de NADH (nicotinamida-adenina-dinucleotídeo) e de FADH (flavina-adenina-dinucleotídeo) para a produção de energia potencial para fosforilar ADP, via F1-F0 ATPase. Os elétrons derivados do NADH ou FADH podem reagir diretamente com o oxigênio ou com outros receptores de elétrons em vários pontos da cadeia transportadora, gerando espécies reativas de oxigênio. A teoria dos radicais livres com base no DNA mitocondrial (mtDNA), denominada teoria mitocondrial do envelhecimento, postula que os mecanismos regulatórios da produção de radicais livres vão se tornando ineficientes com o envelhecimento30. O acúmulo desses superóxidos causa danos nas membranas, provocando uma disfunção mitocondrial que pode culminar em lesões teciduais e morte.
Necrose e apoptose são os dois tipos de morte celular. Apoptose refere-se à morte celular programada, parte de um processo fisiológico no qual a célula recebe sinais para autodestruição. Necrose é uma morte celular patológica que ocorre por danos decorrentes de substâncias tóxicas, da falta de oxigênio e de ataques por microorganismos patógenos. As expressões morte celular fisiológica, programada ou regulada são sinônimas e enfatizam tanto a característica fisiológica como a multiplicidade de sinais e de mecanismos envolvidos no processo41.
A mitocôndria pode ser mediadora dos mecanismos que conduzem tanto à necrose como à apoptose. Diferente da necrose, a apoptose é regulada geneticamente e pode ser iniciada por estímulos, tais como os hormônios esteroides e os danos no DNA30. Perante evidências de que há modificações na função mitocondrial durante o envelhecimento, os pesquisadores estudam a possível relação entre essas modificações e o processo de morte celular. A teoria neuroendócrina tem como postulado que o envelhecimento resulta de modificações que ocorrem em funções neurais e endócrinas. Essas funções buscam manter o organismo em um estado "ótimo"para a reprodução e para a sobrevivência, sendo essenciais na coordenação da comunicação intersistêmica e no controle das respostas dos sistemas fisiológicos aos estímulos ambientais.
Artigo 4 - Gincana
Revista da Associação Médica Brasileira - Rev. Assoc. Med. Bras. vol.43 n.1 São Paulo
Biologia molecular da doença de Alzheimer: uma luz no fim do túnel?
Demência aflige, aproximadamente, 5% da população com idade acima de 65 e 20% daqueles acima de 80 anos. Entre 1975-2000, espera-se um aumento no número de casos de demência de 54%, em países desenvolvidos, e de 123%, em despreparados países em desenvolvimento, como o Brasil. A doença de Alzheimer (DA) é a forma mais comum de demência e é a quarta causa mais freqüente de morte em países desenvolvidos. As características básicas da DA foram descritas, no início deste século, por Alois Alzheimer, que relatou o caso de uma senhora de 51 anos de idade que foi trazida à atenção médica devido a um quadro de delírio de ciúmes em relação a seu marido. Nos meses que se seguiram, sua memória deteriorou rapidamente e ela passou a apresentar parafasias, apraxia e desorientação espacial. A paciente faleceu quatro anos e meio após o início dos sintomas. O exame anatomopatológico revelou um cérebro claramente atrofiado e, microscopicamente, a presença de fusos neurofibrilares, placas senis e perda neuronal. no final da década de 80, descobriu-se que alguns casos familiares de DA pré-senil (DAF) exibiam um linkage com uma região do braço longo do cromossomo 21. Isso, em associação com o fato de que pacientes portadores da trissomia do cromossomo 21 (síndrome de Down) desenvolvem quadro demencial e patologia cerebral semelhante àquela observada entre pacientes com DA, estimulou as pesquisas na busca de um possível gene para a DA nesse cromossomo. De fato, ao longo dos últimos anos, foram descritas várias associações entre DAF e mutações do gene da PPA, bem como de outras regiões do cromossomo 21. Entretanto, a maioria dos casos de DAF não apresenta nenhum tipo de linkage com o cromossomo 21, indicando que a DAF é uma patologia geneticamente heterogênea. demonstraram que pessoas que possuem o alelo e2 têm maior probabilidade de se tornarem centenárias que aquelas com o alelo e3, que, por sua vez, parecem ter maior sobrevida que pessoas com o alelo e4. De forma semelhante, a sintomatologia associada à DA se inicia mais precocemente quando o paciente possui dois alelos e4, e alguns anos mais tarde quando apenas um dos alelos é o e4. De fato, tem-se sugerido que a ausência de e4 pode retardar ou mesmo impedir a manifestação das mutações do cromossomo 21 claramente associadas a DA. Além disso, a associação entre e4 e DA é dependente da idade, sendo possível atingir velhice extrema sem demência, apesar da presença desse alelo. A universalidade desses achados ainda não foi claramente estabelecida, e é ainda incerto se a associação entre o alelo e4 e a DA em populações de países do Hemisfério Sul é semelhante àquela descrita para indivíduos vivendo no Hemisfério Norte. Existem evidências de que populações diferentes apresentam freqüências diferentes desse alelo, o que sugeriria que a prevalência e incidência de DA pode variar sensivelmente entre raças. o genótipo e4 está associado à DA e, portanto, indivíduos portadores desse genótipo apresentam risco aumentado de desenvolvimento da doença.
Artigo 3 - Gincana
Saúde, Ética & Justiça. 2007;12(1/2):15-21.
Ana Gabriela da Silva Kohatsu, Fernanda Shimabukuro
Gilka Jorge Fígaro Gattás
Utilização dos testes de mutagenicidade para a
avaliação de exposição ocupacional
A genética toxicológica tem como objetivo detectar e entender a ação de substâncias genotóxicas sobre o organismo. Esta especialidade da genética avalia as agressões que o DNA e os sistemas reguladores celulares sofrem, bem como as estratégias para se defender ou corrigir as falhas ocasionadas. O DNA é molécula estável que pode ter suas sequências de bases alteradas gerando uma mutação que poderá ser herdável. Além das mutações, os rearranjos cromossômicos também podem alterar o DNA. As mutações podem ser gênicas quando envolvel bases púricas ou pirimídicas, ou cromossômicas quando sofrem alterações na estrutura ou no número dos cromossomos. Agentes físicos, químicos e biológicos causam essas alterações,estão incluídos os fármaco, ondas eletromagnéticas, antibióticos, conservantes alimentares, substâncias que afetam o sistema nervoso central, pesticidas, vírus e alguns protozoários. O câncer é considerado uma doença genética que se manifesta pelo acúmulo de mutações no DNA no decorrer de um espaço de tempo, quase sempre longo. O acúmulo de alterações no material genético da célula depende de vários fatores endógenos como sexo, idade e constituição genética. E depende também de fatores externos como hábitos de consumo, alimentação, uso de medicamentos, exposição a químicos, entre outros. Nesse sentido, as exposições ocupacionais podem atuar como agentes silenciosos na indução de danos no DNA, sendo crescente, por exemplo, o número de processos produtivos que são considerados potencialmente cancerígenos, ou seja, atividades nas quais observase o desenvolvimento, em excesso, de câncer entre os trabalhadores que as exercem. Além das exposições ocupacionais, os hábitos de consumo como ingestão de bebidas alcoólica,. Utilização dos testes de mutagenicidade para a avaliação de exposição ocupacional. tabagismo, drogas ilícitas e medicamentos, além da dieta, parecem influir na incidência de aberrações cromossômicas. Desde a Antiguidade, há relações entra trabalho e saúde-doença. Estudos de biomonitoramento em populações humanas, expostas ambiental e/ou ocupacionalmente a altos níveis de misturas complexas de poluentes aéreos urbanos demonstram um risco genotóxico em humanos com a formação de adutos de DNA e conseqüentemente, incidência aumentada de danos cromossômicos. Estudo epidemiológico demonstrou que pessoas moradoras de áreas urbanas possuem um risco aumentado de câncer de pulmão quando comparadas às que moram fora das áreas metropolitanas, devido a grande quantidade de impurezas que são inaladas do ar. Dentre as ocupações com possíveis riscos à saúde inclui-se a de motoristas de ônibus, pois estes profissionais frequentemente relatam dores nas costas, doenças pulmonares, alergias e hipertensão, entre outras. Especialmente sujeitos às complicações de saúde estão os motoristas de grandes cidades como São Paulo, diariamente expostos à poluição, principalmente compostos químicos resultantes da emissão de veículos automotivos. Entre esses compostos está o benzeno, substância capaz de formar adutos e danos no material genético, aumentando o risco de desenvolvimento de câncer. Em trabalho realizado com 24 motoristas de ônibus da cidade de São Paulo, utilizando-se o teste do micronúcleo observou-se uma freqüência de células anormais maior, que a encontrada no grupo considerado como controle, de 13 motoristas de ônibus afastados da função. Apesar do número reduzido de indivíduos, os resultados parciais dessa pesquisa, realizada com pacientes em atendimento no Serviço de Saúde Ocupacional do HCFMUSP, sugerem a ampliação desse projeto para avaliação da possível inclusão de protocolos de acompanhamento periódico desses profissionais.
Ana Gabriela da Silva Kohatsu, Fernanda Shimabukuro
Gilka Jorge Fígaro Gattás
Utilização dos testes de mutagenicidade para a
avaliação de exposição ocupacional
A genética toxicológica tem como objetivo detectar e entender a ação de substâncias genotóxicas sobre o organismo. Esta especialidade da genética avalia as agressões que o DNA e os sistemas reguladores celulares sofrem, bem como as estratégias para se defender ou corrigir as falhas ocasionadas. O DNA é molécula estável que pode ter suas sequências de bases alteradas gerando uma mutação que poderá ser herdável. Além das mutações, os rearranjos cromossômicos também podem alterar o DNA. As mutações podem ser gênicas quando envolvel bases púricas ou pirimídicas, ou cromossômicas quando sofrem alterações na estrutura ou no número dos cromossomos. Agentes físicos, químicos e biológicos causam essas alterações,estão incluídos os fármaco, ondas eletromagnéticas, antibióticos, conservantes alimentares, substâncias que afetam o sistema nervoso central, pesticidas, vírus e alguns protozoários. O câncer é considerado uma doença genética que se manifesta pelo acúmulo de mutações no DNA no decorrer de um espaço de tempo, quase sempre longo. O acúmulo de alterações no material genético da célula depende de vários fatores endógenos como sexo, idade e constituição genética. E depende também de fatores externos como hábitos de consumo, alimentação, uso de medicamentos, exposição a químicos, entre outros. Nesse sentido, as exposições ocupacionais podem atuar como agentes silenciosos na indução de danos no DNA, sendo crescente, por exemplo, o número de processos produtivos que são considerados potencialmente cancerígenos, ou seja, atividades nas quais observase o desenvolvimento, em excesso, de câncer entre os trabalhadores que as exercem. Além das exposições ocupacionais, os hábitos de consumo como ingestão de bebidas alcoólica,. Utilização dos testes de mutagenicidade para a avaliação de exposição ocupacional. tabagismo, drogas ilícitas e medicamentos, além da dieta, parecem influir na incidência de aberrações cromossômicas. Desde a Antiguidade, há relações entra trabalho e saúde-doença. Estudos de biomonitoramento em populações humanas, expostas ambiental e/ou ocupacionalmente a altos níveis de misturas complexas de poluentes aéreos urbanos demonstram um risco genotóxico em humanos com a formação de adutos de DNA e conseqüentemente, incidência aumentada de danos cromossômicos. Estudo epidemiológico demonstrou que pessoas moradoras de áreas urbanas possuem um risco aumentado de câncer de pulmão quando comparadas às que moram fora das áreas metropolitanas, devido a grande quantidade de impurezas que são inaladas do ar. Dentre as ocupações com possíveis riscos à saúde inclui-se a de motoristas de ônibus, pois estes profissionais frequentemente relatam dores nas costas, doenças pulmonares, alergias e hipertensão, entre outras. Especialmente sujeitos às complicações de saúde estão os motoristas de grandes cidades como São Paulo, diariamente expostos à poluição, principalmente compostos químicos resultantes da emissão de veículos automotivos. Entre esses compostos está o benzeno, substância capaz de formar adutos e danos no material genético, aumentando o risco de desenvolvimento de câncer. Em trabalho realizado com 24 motoristas de ônibus da cidade de São Paulo, utilizando-se o teste do micronúcleo observou-se uma freqüência de células anormais maior, que a encontrada no grupo considerado como controle, de 13 motoristas de ônibus afastados da função. Apesar do número reduzido de indivíduos, os resultados parciais dessa pesquisa, realizada com pacientes em atendimento no Serviço de Saúde Ocupacional do HCFMUSP, sugerem a ampliação desse projeto para avaliação da possível inclusão de protocolos de acompanhamento periódico desses profissionais.
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